quinta-feira, 3 de dezembro de 2009






CONSIDERAÇÕES SOBRE AS PALAVRAS DE SARTRE: LITERATURA, FILOSOFIA E ENGAJAMENTO


Neste artigo teceremos algumas considerações sobre As palavras (1964), de Jean-Paul Sartre (1905-1980). Nessa obra, Sartre discute o estatuto da literatura. Mais do que um relato de sua infância, essa obra-prima é um verdadeiro tratado sobre a condição dos intelectuais na sociedade contemporânea. Ler e escrever é a sina do intelectual. Mas o que pode e o que não pode a escrita? Qual a força dessa arma? Introduzido nas letras desde cedo pelo avô, Sartre ia da ficção para a realidade: achava mais verdade nos livros do que nos objetos. Esse vício o transformou num idealista. Durante muito tempo, Sartre tomou a pena por uma espada. Ele retoma aqui questões que havia desenvolvido em Que é a literatura? Agora, à luz do marxismo, redimensiona o papel da cultura nos nossos dias. Curado do idealismo, descobre a impotência dos escritores. Isso não significa, no entanto, que devamos abjurar tudo: "a cultura não salva nada, nem ninguém, ela não justifica. Mas é um produto do homem: ele se projeta, se reconhece nela; só esse espelho crítico lhe oferece a própria imagem" (Sartre, As palavras).

Artigo completo aqui:



PAIVA, Francisco Júnior Damasceno. Vivência. v.1  n° 30. CCHLA/UFRN. Natal: Edufrn, 2006. p. 35-41.





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